sexta-feira, 17 de junho de 2011

Entendendo a Esquizofrenia

Esquizofrenia é uma doença que afeta o cérebro nas funções ligadas ao pensamento, emoções, percepções e comportamento.
A palavra esquizofrenia significa mente dividida, sendo criada pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler em 1911.
A esquizofrenia é uma doença que afeta a toda estrutura vivencial do indivíduo.
Em termos sócio-culturais o portador de esquizofrenia representa o estereotipo do "louco", um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu afastamento da realidade reconhecida pela maioria.
Aproximadamente 1% da população é portadora de esquizofrenia, ou seja, no Brasil há em torno de 1.800.000 pessoas esquizofrênicas.
O início do quadro de esquizofrenia é geralmente em torno dos 20 anos, com outro pico de incidência em torno dos 40 anos.
Não existe diferença entre sexos, raça ou camada social.
A esquizofrenia traz graves prejuízos ao paciente, principalmente sem tratamento.
A esquizofrenia pode manifestar-se na forma de surtos psicóticos: períodos de grande agitação, desorganização do comportamento e geralmente marcados por alucinações auditivas e delírios de perseguição.
Entre os surtos psicóticos pode haver restauração do comportamento normal, mas tendência é deterioração do quadro, evoluindo para isolamento social e perda de contato com a realidade.
Existem diversas tipos de esquizofrenia, cada uma com sintomas e apresentações próprias.

Tipos de esquizofrenia

Apesar desta classificação, é bom destacar que os pacientes esquizofrênicos nem sempre se encaixam perfeitamente numa de estas categorias, podendo haver sobreposição de sintomas no decorrer do tempo.
Esquizofrenia tipo paranóide
Este tipo de esquizofrenia é o mais comum. O paciente com este tipo de esquizofrenia tem sintomas de alucinações e delírios de perseguição.
Este tipo possui melhor resposta ao tratamento e por isto melhor prognóstico.
Esquizofrenia tipo hebefrênica
Neste tipo os pacientes tornam-se “abobados”, desorganizados, apresentando pensamentos sem lógica e com pouco conteúdo.
Esquizofrenia catatônica
É pouco comum. Apresenta como uma grande redução dos movimentos, até imobilidade completa.
Esquizofrenia residual
Este termo é usado para se referir a uma esquizofrenia que já tem muitos anos e com muitas seqüelas.
Esquizofrenia simples
Aparece lentamente, normalmente começa na adolescência com emoções irregulares ou pouco apropriadas, pode ser seguida de um progressivo isolamento social, perda de amigos, poucas relações reais com a família e distanciamento afetivo.
 
Uma das únicas interpretações brasileiras da Esquizofrenia foi realizada pelo ator Bruno Gagliasso na novela global Caminho das Índias, onde incrivelmente retratou a Patologia com muito profissionalismo e veracidade através do personagem Tarso.
confira:
Surto Esquizofrênico de tarso
Tarso surta no velório do tio
 Tarso tem alucinação visual
A história dramática de Tarso, da telenovela da Globo "Caminho das Índias".
Tarso diz que escuta vozes de comando



Sites
www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm
www.entendendoaesquizofrenia.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia

Sorrir Faz Bem à Saúde!!!


 Parece piada, mas há quem afirme que dar boas gargalhadas diante de situações que causam dor, como quebrar uma perna, pode amenizar o desconforto. De certa forma, faz sentido: a cada sorriso o cérebro é induzido a produzir e liberar mais endorfina, o neurotransmissor relacionado às sensações de prazer e bem-estar, além de ser um potente analgésico natural.
Mas para os especialistas, não é apenas com um sorriso que a dor intensa vai passar. “Ainda há poucas pesquisas nesse sentido, mas já é comprovado que o sorriso causa uma ação bioquímica no organismo que resulta em reações benéficas, mas não a ponto de cessar a dor intensa”, acredita Sérgio Luís de Miranda, médico e cirurgião especialista em cirurgia buco-maxilo-facial do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). “Dizem até que o sorriso é tão eficiente quanto o relaxamento, a meditação e os exercícios físicos”, completa o dr. Miranda.
Sorrir pode até não ser o melhor – ou único – remédio, mas que faz bem à saúde os especialistas concordam. Pesquisa divulgada em 2006 pela Escola de Medicina da Universidade Loma Linda, na Califórnia (EUA), comprova que o riso colabora para aumentar a produção e a atividade no organismo das células NK (do inglês, natural killers), responsáveis por destruir vírus e até tumores presentes no organismo. E mais: o sorriso vem sendo utilizado como recurso de humanização no cuidado de pacientes em hospitais do mundo todo.
O filme Patch Adams – O Amor é Contagioso, de 1998, em que um médico se veste de palhaço para atender crianças internadas, trouxe o tema para as telas e a realidade americana já é vivida por grupos de atores que, vestidos de palhaços, visitam hospitais para aumentar a auto-estima e alegrar os pacientes, familiares e profissionais da saúde.
Para Ana Lúcia M. da Silva, psicóloga do Departamento de Pacientes Graves do HIAE, o riso pode ser um recurso terapêutico na medida em que altera o estado emocional da pessoa, tornando-a mais favorável a enfrentar situações psicologicamente difíceis, como uma doença grave na família.
“O senso de humor e o sorriso espontâneo estão relacionados a melhor qualidade de vida e percepção de bem-estar, além de favorecer o enfrentamento de adversidades e frustrações. Entretanto, não podemos relacionar a isso maior possibilidade de cura não relacionada a fatores comportamentais, como a adesão ao tratamento, por exemplo”, defende a psicóloga.

Benefícios extras para o corpo

Além de garantir boas doses de endorfina e proporcionar bem-estar, uma boa risada ainda traz vantagens para os sistemas cardiovascular, respiratório e imunológico.
O senso de humor e o sorriso espontâneo estão relacionados a melhor qualidade de vida e percepção de bem-estar

Sistema cardiovascular

É ativado com o sorriso, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de provocar a vasodilatação das artérias. Esse conjunto de reações proporciona maior fluxo de sangue para todo o organismo.

Sistema respiratório

Durante a risada os pulmões passam por uma hiperventilação, o que eleva a concentração de oxigênio na circulação sanguínea e resulta em melhor distribuição de oxigênio aos tecidos.

Sistema imunológico

Além de colaborar para a produção das células NK, as boas gargalhadas aumentam a quantidade de saliva, que também é benéfica para a imunidade. “Com o acréscimo da saliva, sobe o nível de imunoglobulina, substância capaz de combater gripes e resfriados”, explica Ana Paula Zalchenko Fonseca, cirurgiã-dentista especialista em cirurgia buco-maxilo-facial do HIAE.
 Depois de tantos benefícios, o que vale mesmo é uma risada sincera e natural. Esta sim desencadeia os mecanismos do corpo para a produção de endorfina e a sensação de prazer e bem-estar. Então, sorria! Seu corpo e sua mente agradecem.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Enfermagem em Saúde Mental


Para compreender o processo saúde-doença mental, consideramos necessário pensar o ser humano em seu processo existencial. O processo saúde-doença mental deverá ser entendido de uma perspectiva contextualizada, na qual qualidade e modo de vida são determinantes para a compreensão do sujeito. Para isso, é de importância fundamental vincular o conceito de saúde ao exercício da cidadania, respeitando-se as diferenças e diversidades.
Moscovici (1985) e Manzolli (1996, p. 73) explicam sobre a função enfermeiro psiquiátrico e paciente:
O enfermeiro é um agente ativo que se une ao paciente com o objetivo de ajudá-lo a reconhecer e examinar situações que ambos estão experimentando, tentando levá-lo a observar perspectivas adequadas no encontro de soluções diante de problemas existentes. Embora enfermeiro e paciente desempenhem papéis diferentes (um procura ajuda e o outro a oferece), os objetivos são comuns, uma vez que buscam compreender e solucionar problemas através da comunicação, cooperação, respeito e amizade. À medida que as atividades e interações prosseguem, irão influenciar nas novas interações e nas próprias atividades. Logo, esta relação "atividades – interações – sentimentos" não estão relacionadas diretamente com a competência técnica de cada pessoa e, sim, com a influência do grupo e da situação de trabalho.
É um relacionamento humano de realce o que se estabelece entre um indivíduo que está doente ou necessitando do serviço de saúde e uma enfermeira preparada para reconhecer e responder a necessidade de ajuda. Quando a enfermeira e o paciente se encontram e se conhecem formam um compromisso entre ambos, de trabalharem juntos e por parte da enfermeira de ajudar o paciente a se recuperar socialmente. Ao estabelecer esse compromisso, a enfermeira orienta e esclarece sobre a dinâmica do mesmo.
Toda enfermeira deve ficar vigilante em relação ao paciente que demonstra deterioração no desempenho emocional, social ou ocupacional. As estratégias de cuidado enfatizam as maneiras do paciente para verbalizar os sentimentos e medos e para identificar as fontes de ansiedade. A necessidade de ensinar e promover as capacidades de adaptação efetiva e o uso das técnicas de relaxamento constitui as prioridades do cuidado.
A atenção em saúde mental que hoje procura substituir o modelo hospitalocêntrico por um modelo de cuidado em casa, vem sendo amparada por uma rede diversificada e qualificada de serviços especializados na comunidade, por meio de unidades de saúde mental. As ações de saúde mental na atenção primária devem sempre obedecer ao modelo de rede de cuidado, com base territorial e atuação transversal com outras políticas especificas. No dia-a-dia, o profissional de saúde deverá estabelecer com os usuários novos vínculos e oferecer, especialmente, acolhimento.
Temos que considerar a possibilidade de reinserção social do paciente e do fato de este necessitar do envolvimento e do comprometimento de todos, pois, independentemente da forma como a família se constitui, ela continua a representar a garantia de sobrevivência e proteção de seus membros. No entanto, para que haja funcionalidade efetiva nessa trajetória, muitos aspectos deveram ser considerados e inúmeros investimentos deveram ser realizados de forma sistemática para um real preparo da família; ao mesmo tempo em que os profissionais também descobriram este novo fazer, tarefa integrada e integradora do enfermeiro atuante na comunidade com o enfermeiro de saúde mental.
O planejamento das ações de saúde deve abranger, entre outros aspectos, a orientação sobre auto-assistência familiar, que consiste na perseverança de os profissionais incorporarem a família no grupo assistencial que cuida de seu familiar em ambulatório ou hospitalizado. Como se pode notar, a família está tão necessitada de ajuda quanto o usuário em unidade de atendimento psiquiátrico.
Na relação de ajuda, o enfermeiro utiliza os conhecimentos gerais da enfermagem e os específicos da situação com a qual se defronta, alem dos procedimentos técnicos. Utiliza ainda sua própria pessoa como instrumento terapêutico, nesse contato pessoa a pessoa agindo de maneira sistematizada e empática diante de cada pessoa em crise. Todo esse conhecimento é obtido através da comunicação que ocorre entre o que pede e o que ajuda se dá de forma dinâmica, tendo como unidade básica a palavra, embora nem sempre seja possível exprimir por esse meio os sentimentos, pensamentos e ações por causa dos seus vínculos emocionais. Para tanto, espera-se que o enfermeiro estimule o paciente a se expressar verbalmente, que o ajude a esclarecer o sentido e a natureza de suas mensagens, a concentrar-se e a perceber sua participação na experiência que está vivendo.
O desenvolvimento do relacionamento enfermeiro-paciente ocorre numa seqüência de encontros, através dos quais o profissional identifica as necessidades da pessoa que precisa de ajuda e, a partir desse conhecimento, programa as ações de enfermagem adequadas. O processo terapêutico não acontece nem no paciente nem no enfermeiro, mas entre os dois, na comunicação interpessoal. Através da escuta terapêutica podemos ajudá-lo a encontrar seus próprios caminhos.
Na medida em que a pessoa vai aprendendo a ouvir a si própria começa a aceitar-se; conforme vai exprimindo seus afetos e verificando no terapeuta atitudes de interesse e aceitação, vai mostrando-se como realmente é e passa a agir de maneira construtiva em relação a si própria e aos demais.
Uma das ações de enfermagem consiste em procurar demonstrar, durante todo o tempo, interesse em ajudá-lo, ouvindo atentamente suas queixas, ajudando a analisar toda a situação, incentivando a fazer um juízo critico da posição e desempenho de cada pessoa na sociedade; auxiliando a explorar as diversas alternativas plausíveis, apoiando em suas tentativas examinando as conseqüências positivas ou negativas. Ajudar a pensar mais objetivamente sobre algumas questões de sua organização de suas responsabilidades assim como a posição que ocupa no meio social.
O profissional de saúde deverá propor um conjunto de dispositivos que partam de uma visão integrada das várias dimensões da vida do indivíduo, em múltiplos âmbitos de intervenção, ou seja, deve procurar criar formas de produção de saúde e de vida, nas quais seja resgatada a história, a autonomia e a cidadania dos indivíduos.
O enfermeiro assume uma atitude de proteção, auxilio direção. Incentiva a pessoa a se expressar, porem põe limites ao comportamento destrutivo. Dá elogios, quando essencialmente merecidos. Dá aprovação quando a pessoa apresenta-se com melhor aspecto pessoal e quando faz tentativas de relacionamento com a equipe, com familiares e com outras pessoas. Nesta atitude o enfermeiro toma a iniciativa de dar apoio e guia, mesmo sem ser solicitado; isto não quer dizer que ele se imponha sobre o paciente, mas mostra-se à disposição, oferecendo ajuda espontaneamente. Esta atitude pode ser empregada frente ao comportamento hostil, ansioso, dependente, deprimido, destrutivo, desinteressado, apático, desanimado, sentimento de desvalorização, perda de esperança, sentimento de não sentir-se amado.
Fonte: Trabalho de conclusão de curso (2010)
Vanessa Salvador Lachi

sábado, 11 de junho de 2011

São Paulo proíbe uso de jaleco fora do hospital


O uso de jaleco ou avental fora do local de trabalho está proibido no Estado de São Paulo e a infração está sujeita à multa - estipulada em 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), ou seja, R$174,50, atualmente.
A lei que veta o uso externo de equipamentos de proteção individual foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado.
As formas de fiscalização e de aplicação da multa não estão definidas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, também não foi estabelecido um prazo para que isso ocorra. Por ora, a infração à legislação não terá efeito punitivo. Ainda segundo a pasta, será lançada uma campanha de conscientização e adesão à lei.
O objetivo é impedir que o vestuário seja fonte e veículo de transmissão de micro-organismos dentro e fora do local de trabalho.
Pesquisa publicada em setembro passado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, detectou a presença de bactérias em 95,8% dos jalecos médicos analisados. Entre elas estava a Staphilococcus aureus, principal responsável pelas infecções hospitalares. Mangas e bolsos são as áreas mais contaminadas, segundo o estudo.
As entidades de classe divergem quando à relevância da lei. Para o infectologista Caio Rosenthal, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a medida "é ridícula". "Não tem fundamentação científica. Se for para tirar o jaleco, vai ter de tirar também os sapatos, os óculos."